Exportações de SC voltam a crescer após dois anos de queda

Em fevereiro o Estado fechou o sétimo mês consecutivo de crescimento nas exportações, tendência que deve seguir ao longo deste ano. O valor dos embarques catarinenses ao exterior cresceram 23% no primeiro bimestre de 2017, o primeiro aumento para o período após dois anos de queda consecutiva. Ao todo, as exportações alcançaram U$S 1,176 bilhão maior valor para estes dois meses desde 2014 e próximo do nível registrado em 2013, de U$S 1,153 bilhão. 

Em fevereiro, as vendas somaram U$S 612 milhões, valor 12,51% maior no paralelo com o mesmo período do ano passado. Os números são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

O agronegócio é o grande impulsionador das exportações catarinenses neste primeiro bimestre. A carne de frango foi o item mais vendido ao exterior, com alta de 36% ante o ano passado. O incremento, neste caso, também foi influenciado pela gripe aviária que afeta outros países produtores. 

— Santa Catarina está colhendo o que plantou. Somos hoje um oásis em termos de sanidade animal graças ao trabalho feito lá atrás - afirma o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.

A soja foi o produto com o segundo maior valor exportado, com incremento de 95%. Segundo a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, essa tendência de crescimento da soja já tem sido observada desde 2014. Recentemente, isso se acentuou com o maior volume de compra da China e de outros países asiáticos, motivados também por questões políticas, como a oposição ao governo Trump. 

A carne suína foi o terceira principal fonte de receita no bimestre, com 74% de aumento do valor exportado em relação ao observado em 2016. Neste caso, um dos principais fatores foi a abertura do mercado japonês no ano passado. 

De acordo com Pedrozo, a expectativa é que os embarques de carne suína e de frango sigam crescendo ao longo do ano com a abertura do mercado da Coreia do Sul, que depende apenas da visita dos inspetores, e com a recente reabertura do mercado sul-africano, após dez anos sem comprar esses produtos do Brasil por questões sanitárias.

Bustamante também acredita que as exportações devam seguir numa curva ascendente neste ano, especialmente por conta de questões como o Brexit.

— Com esse novo posicionamento do Trump em relação ao México e também com a saída do Reino Unido da União Europeia, as renegociações de acordos com fornecedores europeus dará espaço para os empresários catarinenses - afirma a representante da Fiesc.

Segundo Bustamante, a Fiesc já planeja uma visita ao Reino Unido, no segundo semestre deste ano, para ir em busca de novas oportunidades de negócios. Questionada sobre uma maior participação da indústria na pauta de exportações, dominada pelo agronegócio, ela diz esperar que os empresários olhem com mais cuidado para o exterior já que o mercado interno segue ruim.

— Contudo, sempre digo que os empresários têm que ter a exportação como parte da estratégia da empresa, e não só pensar nisso em caso de necessidade - pondera.

Compras do exterior também tiveram alta

Já as importações somaram U$S 1,795 bilhão entre janeiro e fevereiro deste ano, 17% maior que o valor registrado em 2016. Em fevereiro, o Estado importou o equivalente a U$S 817 milhões, 7% a mais que no ano passado. 

Do lado das importações lideram, em valor comprado, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com alta de 11%, plásticos, com alta de apenas 1%, e máquinas e instrumentos mecânicos, que registrou queda de 6,27%.

A balança comercial do Estado ficou deficitária em U$S 618 milhões para o bimestre. Desde 2010, SC fecha os anos com mais compras do que vendas devido a uma política de incentivo às importações adotada em 2009.

No País, exportações cresceram 22,4%

A melhora dos números estaduais acompanha a tendência observada no país, conforme dados já divulgados no dia 2 de março pelo MDIC. Em fevereiro, as vendas nacionais tiveram alta de 22,4%, e as compras, de 11,8%. No primeiro bimestre do ano, o Brasil tem um superávit acumulado de US$ 7,285 bilhões, enquanto no mesmo período de 2016 havia sido de US$ 3,958 bilhões.

Para o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, o aumento da importação de bens intermediários no país é um sinal de retomada do crescimento da economia.

— Houve um aumento consistente nas importações, sobretudo de insumos usados para produção agrícola e para produção industrial de alguns setores como eletroeletrônico, aviação, indústria química e indústria de equipamentos mecânicos, além de combustíveis e lubrificantes - analisou Neto.

FONTE: Jornal de Santa Catarina.

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